domingo, 21 de março de 2010

17/03/2010 - Matéria Prova

Boa noite pessoal,

Nessa aula a professoria Indiara, passou o conteúdo da prova, que será realizada, quinta-feira, 25/03, segue abaixo:


*Livro ASSESSORIA DE IMPRENSA E RELACIONAMENTO COM A MÍDIA: Teoria e Técnica, Jorge Duarte

Capítulo 1 - Cem Anos de Assessoria de Imprensa, por Manuel Carlos Chaparro
Capítulo 2 - Assessoria de Imprensa nos Estados Unidos, por Luiz Amaral
Capítulo 3 - Assessoria de Imprensa na Europa, por Ana Viale Moutinho e Jorge Pedro Sousa
Capítulo 4 - Assessoria de Imprensa no Brasil, por Luiz Amaral
Capítulo 7 - A Notícia Institucional, por Graça França Monteiro
Capítulo 15 - Release: História, Técnica, Usos e Abusos, por Jorge Duarte


*Manual de Assessoria de Imprensa
Páginas, 13, 14


OBS: Estudem também pelos resumos no próprio blog, dos capítulos 1, 2, 3 e 7. O Manual está disponÍvel no disco virtual, na página do aluno!!!


Bons estudos e boa sorte!!!! =)

11/03/2010 - Cem Anos de Assessoria de Imprensa

Boa noite pessoal,

O grupo formado por Ariane Alves, Grasiano Souza, Moema Rabelo e Mônica Salmazo, foi o ultimo a se apresentar, o capítulo era o 1, que relatava o CEM ANOS DE ASSESSORIA DE IMPRENSA, escrito por Manoel Carlos Chaparro.




Cem Anos de Assessoria de Imprensa

O jornalismo é o meio que as empresas usam para atingir seus clientes, seu público. A institucionalização do mundo surge juntamente com a democracia e, agora, a globalização. Ao fazer isso, as empresas passaram a tornar o jornalismo, que deveria ser um espaço público com interesses do povo, em discursos particulares das empresas ou carreira individual de alguns. Ao ver que isso funcionava as instituições privadas e públicas passaram a preocupar-se com as relações com a imprensa.1906: o jornalista americano Ivy Lee inventou a atividade especializada que hoje chamamos de assessoria de imprensa ou de comunicação. Ainda neste ano ele abriu o primeiro escritório de relações públicas do mundo (Nova Iorque), abandonando, assim, a carreira de jornalista.


Capitalismo selvagem

1875 – 1900: OS EUA passam por uma era de prosperidade (era dourada), durante a qual, o poder passou das mãos da aristocracia dos plantadores do Sul às mãos da nova classe de homens ambiciosos, os self-made-men. Formada em parte pelos fazendeiros do Oeste e, em parte, por capitalistas industriais das cidades do Leste. A Guerra Civil introduziu um período de caçada ao dólar e de exploração. Os audaciosos empreendedores do Norte alimentaram as fronteiras de seus negócios. Especulavam com terras, construíam estradas de ferro, exploravam recursos minerais, abriam bancos. No desfrute de um próprio poder político, em proveito de seus negócios. O poder permitia-lhes controlar o governo e colocar-se acima das leis. O conceito de moral fora desfigurado e, a riqueza, era sinônimo de virtude. Surgia a ideologia da produtividade. Os industriais americanos enxergaram na racionalização controlada do trabalho uma forma de aumentar o lucro e conter o avanço da resistência operária. Tamanha ganância dos barões serviu para criar históricas reações cívicas. No surgimento de um novo tipo de jornalismo, mais realista, de denúncia, se destacavam Thomas Lawson, Ida Tarbell e Upton Sinclair, acusadores implacáveis dos industriais.Os grandes capitalistas, denunciados, acusados e acuados, encontraram Ivy Lee para evitar denúncias partindo de uma nova atitude (respeito pela opinião pública). A partir daí auxiliar os empresários a corrigir sua imagem perante a opinião pública tornou-se um negócio. Surgiu a assessoria especializada em fornecer notícias para serem divulgadas jornalisticamente, não como anúncios ou matéria paga.


Princípios e Ações

Declaração de Princípios de Ivy Lee em forma de carta aos editores (documento histórico):
“Este não é um serviço de imprensa secreto. Todo nosso trabalho é feito às claras. Pretendemos fazer a divulgação de notícias. Isto não é agenciamento de anúncios. Se acharem que o nosso assunto ficaria
melhor na seção comercial, não o usem.Nosso assunto é exato. Maiores detalhes, sobre qualquer questão, serão dados prontamente. E qualquer diretor de jornal interessado será auxiliado, com o maior prazer, na verificação direta de qualquer declaração de fato.Em resumo, nosso plano é divulgar, prontamente, para o bem das empresas e das instituições públicas, com absoluta franqueza, à imprensa e ao público dos Estados Unidos, informações relativas a assuntos de valor e de interesse para o público.”
Após essa declaração, o sucesso foi imediato, e fez escola. Operação “fecha-boca”: nome dado à magníficos empregos aos jornalistas, “para que não atacassem as empresas e, ao mesmo tempo, as defendessem.


Crise e as Relações Públicas - 1929

Assim como tudo ruíra em meio a tormenta econômico-financeira de 1929, os trabalhos dos profissionais de relações públicas também passou a ser questionado. Os “jornalistas-relações-públicas” eram adorados quase como deuses e, durante a crise, passaram a ser hostilizados e odiados pelos acionistas. Em 1932 surge um símbolo para os RP’s: Franklin Delano Roosevelt, o então presidente dos Estados Unidos da América. Seus planos faziam reerguer o orgulho da nação através da economia e relações sociais, despontando como líder carismático.A Crise de 1929 fez com que a população procurasse não somente saber informações, mas sim compreende-las. Com a pressão do povo as empresas e instituições passaram a organizar-se para atuar como fontes. Tudo isso resultou em meados da década de 30 o crescimento físico, teórico e estratégico das relações públicas, tornando-se uma matéria do curso de Administração das Universidades de Yale, Harvard e Columbia. Escolas americanas de Relações Públicas.


Modelo Exportado

1940 – A atividade de relações públicas transbordou para o Canadá. 1946 – Entrou na Europa, pela França, por iniciativa da Esso Standard e da Shell. 1950 – Passou para Holanda, Inglaterra, Noruega, Itália, Bélgica, Suécia e Finlândia. 1958 – Chegou até a Alemanha. Essa experiência européia caracterizou-se pelo predomínio da divulgação propagandística, assumindo-a, finalmente, como essência de sua natureza EUA em 1936: seis em cada grupo de 300 empresas possuíam serviços de relações públicas; 1961: 250 em cada grupo de 300. 1970 (época em que escreveu seu livro): “podemos pressupor que hoje em dia a proporção deve beirar os 100%”.


O boom brasileiro

Em 1964 as relações públicas tiveram no Brasil um grande desenvolvimento, com isso os RP’S generalizaram-se, na iniciativa privada e no serviço publico e principalmente a pratica de assessoria de imprensa. Já no ano de 1968, a academia da área de Administração já esta desvinculada como carreira e também na área de estudo, nos cursos de Comunicação, juntamente com a área de Relações Publicas que conquistou uma regulamentação no campo profissional, podendo colidir com outras profissões, principalmente com o jornalismo.


MODELO JORNALÍSTICO, UMA EXPERIÊNCIA BRASILEIRA

1971: Na cidade de São Paulo, os jornalistas Reginaldo Finoti e Alaor José Gomes fundaram a Unipress, com uma proposta nova, de assessoria de imprensa. A Unipress consolidou um novo modelo jornalístico de assessoria de imprensa, com uma técnica lúcida e simples.
1973: Outro jornalista surgia no mercado com um nova ideia para assessoria de imprensa, desta vez Ênio Campói acreditava fielmente na possibilidade jornalística, na assessoria de imprensa. Desde então, vários jornalistas começaram a implantar nas empresas a assessoria de imprensa, dando ênfase à base de autonomia em relação às estruturas, teorias e práticas de relações públicas.
1980: O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo criou a Comissão Permanente e Aberta dos Jornalistas em Assessorias de Imprensa, que era denominada de vertente sindical.1986: Surgiu a Associação Nacional das Empresas de Assessoria de Imprensa e Comunicação Social (Aneci), que ficou conhecida como a vertente de jornalistas empresários, com Enio Campói na presidência, e Reginaldo Finotti e Alaor José Gomes, fundadores.


Revolução das Fontes

1980:
O Brasil passa a implementar a ruptura entre a assessoria de imprensa e suas raízes de relações públicas, isso faz com que se crie uma experiência de assessoria de imprensa jornalística única no mundo.1995: Cerca de um terço dos jornalistas profissionais com carteira assinada trabalhava fora das redações. Ou seja, nas fontes.Surge uma revolução das fontes baseadas em informações. Isso veio com a instantaneidade. Isso se mostra através de duas variáveis:
1. Com a eliminação do intervalo entre o fato e seu relato, a notícia passou afazer parte do acontecimento;
2. Formatado como notícia, o acontecimento ganhou eficácia de ação discursiva, para confrontos e efeitos imediatos.
Por que noticiar? Hoje, é a forma mais eficaz de interferir no mundo. As fontes não detêm ou retém mais informações, são apenas instituições de reprodução de falas, fatos, saberes, produtos e serviços com atributos de notícia. Isso faz com que os profissionais adquiram habilidades e as usem para promover seus produtos, tirando proveito da linguagem jornalística.
· É preciso tomar cuidado para que não se dê abordagem moralista à notícia;
· Devemos reconhecer que as relações entre instituições e imprensa decorrem em interfaces conflitantes (de um lado estão os jornalistas e seu obrigatório vínculo ao interesse público; do outro, as instituições, em ações determinadas pela prioridade do interesse particular).
· Pelos interesses particulares, entretanto, não deve o jornalismo deixar-se envolver, sob risco de comprometer a própria confiabilidade, que à sociedade interessa preservar.
· Por causa dessa confiabilidade, a sociedade espera da atuação jornalística, comportamentos e critérios valorativos vinculados às razões do interesse público, para que os conflitos manifestados no espaço e no tempo do jornalismo sirvam ao aperfeiçoamento dos acordos sociais.

10/03/2010 - Apresentação Assessoria de Imprensa nos EUA

Boa noite,


Mais uma apresentação do livro ASSESSORIA DE IMPRENSA E RELACIONAMENTO COM A MÍDIA: Teoria e Técnica, de Jorge Duarte. O grupo formado por Felipe de Negri, Gustavo Teixeira, Mariane Manfredini e Sthefânia Gianvechio apresentaram o capítulo 2, ASSESSORIA DE IMPRENSA NOS ESTADOS UNIDOS, escrito por Luiz Amaral. O aluno do sétimo período de Relações Públicas, Lourenço Veloso participou da apresentação e explicou um pouco mais sobre a atuação dos RP's no mercado de trabalho.


Segue abaixo texto produzido pelos alunos.



Assessoria de Imprensa nos EUA


Surgimento

Agente de Imprensa, vieram antes dos assessores na ultima decada do seculo XIX (falseavam noticia para atrair jornalistas).
Intensificação de campanhas politicas.
Utilização de redatores de publicidade pelo empresariado.


1920

Bernays popularizou o termo assessor de relações publicas. "Assessor não é um mero fornecedor de noticias, ele é logicamente um criador de noticias".


Primeira Guerra Mundial

O presidente dos EUA Theodere Roosevelt tetava solucionar os problemas de imagem utilizando coletivas e releases.
A primeira guerra foi chamada pelo New York Times como a primeira guerra dos agentes de imprensa


Nova Era

Percebeu-se a grande quantidade de materias publicadas nos jornais americanos que eram oriundas de assessores.
Houve ascensão das assessorias de imprensa porem publicitarios e jornalistas se sentiam ameaçados pelos assessores.
O governo fez algumas tentativas para diminuir a atuação dos assessores, mas isso não aconteceu até que a assessoria se tornou uma obsessão americana.


1919

Conferencia de Paz de Paris simbolo no relacionamento entre governo e imprensa.


O que é RP para o norte-americano

Definições de RP:
* Necessidade de pesquisa como preparo para o inicio de qualquer operação, planejamento cuidadoso e avaliação dos resultados;
* Exigência de um processo continuo e sistemático em vez de uma operação única;


Em sua função de gerenciamento são encarregados de:
* Antecipar, analisar e interpretar a opinião pública, atitudes e questões que possam ter impacto, para bem ou mal, nas operações e planos da organização;
* Pesquisar, conduzir e avaliar, em base continua, programas de ação e comunicação para obter a necessária participação do publico para o sucesso da organização;


As RP são um meio para o publico ter seus desejos e interesses levados em consideração pelas instituições pois:
* Falam pelas organizações ao publico, e pelo público às organizações;
* Ajudam a criar um ajuste mútuo entre instituições e grupos, estabelecendo um entrosamento tal que beneficia o público;
* São uma atividade universal. Quem as pratica está buscando aceitação, cooperação ou afeição;

domingo, 14 de março de 2010

04/03/2010 - Continuação das Apresentações

Boa noite pessoal,

Nessa aula continuou as apresentações do livro ASSESSORIA DE IMPRENSA E RELACIONAMENTO COM A MÍDIA: Teoria e Técnica, de Jorge Duarte, o grupo composto por Leonardo Lopes, Maria Gabriela Brito Sarah Menezes, apresentaram o capítulo sete, A NOTÍCIA INSTITUCIONAL, escrito por Graça França Monteiro.

A apresentação foi bastante dinâmica, os alunos levaram o assessor de impresa da CDL, e
Sócio-proprietário da Peixoto & Castellano Comunicações Ltda, Lucio Roberto Castellano, que explicou um pouco mais sobre a assessoria de imprensa.



Integrantes do grupo, com o assessor
de imprensa, Lucio Roberto Castellano



Segue abaixo o resumo produzido pelo grupo, que relata sobre o capítulo;


A Notícia Institucional

As instituições nem sempre brigaram por um espaço na mídia, pelo contrário, em um passado não tão distante, todas corriam dos jornalistas com receio de serem prejudicadas com as publicações deles. Não enxergavam ainda o quanto a imprensa poderia auxiliar em sua prosperidade. Atualmente a situação é outra. Com a globalização veio junto a necessidade de tornar público a existência das instituições e seus feitos, para que cada vez mais a sociedade tenha conhecimento e assim ela adquira credibilidade e preferência do seu público. Além de visibilidade quando conquista o circulo midiático, as instituições passaram a ditar a realidade do campo em que atuam, pois sobrevivem nesse meio através de promoção de acontecimentos, expondo assim, somente o que lhes convém, tentando de qualquer maneira não prejudicar a sua imagem. Graça França Monteiro, autora deste capítulo, afirma que a notícia institucional deixa de ser um simples “espelho da realidade” e passa a ser encarada como um processo de interação social e de uma série de negociações.

Alguns conceitos de notícia

“Se um cachorro morde um homem, não é notícia, mas, se um homem morde um cachorro, é notícia.” Esta e uma das mais famosas frases dita por Amus Cummings, ex-editor do New Yor Sun. Além de ser o que foge da ordem natural dos acontecimentos, notícia se constitui também de relatos de fatos atuais, de interesse e importância para a comunidade, e ainda de objetividade.
Dentro dos estudos de Medina, ela enquadra a notícia como jornalismo informativo, já que a informação é tratada no nível de acontecimento imediato, além de ser concisa. Porém alguns autores desse tema também levantaram a questão da notícia ser um fator de sobrevivência econômica do veículo, um veiculador ideológico e um estabilizador político a partir do momento que ela passa a ser manipulada e negociada, não se atendo apenas à sua função informativa.
Outros autores como Motta, declara que a notícia pode ser o fato em si, a versão do fato, e o metafato, onde o real é apenas um vago referente reacontecendo com mais riqueza no enunciado do jornalista.

Sobre a Notícia Institucional

Notícias nos contam o que nós não assistimos diretamente. Qualquer um pode transmitir fazer um relato de fatos, mas quando esses relatos são feitos pela mídia, a notícia ganha estatuto de acontecimento público. Segundo Molotch e Lester (in Traquina, 1993, p.34), a notícia passa por três grupos antes de tornar-se de conhecimento público. A primeira fase é constituída pelos news promoters (promotores de notícas), são eles que identificam o que pode ser de interesse. A segunda é formada pelos news assemblers (jornalistas e editores), que transformam a informação em notícia para os news cosumers (público). Se os da primeira agência (promotores de notícias) fornecerem credibilidade, os repórteres passam a serem dependentes das notícias fornecidas por eles. Entretanto, o acesso à esses é exagerado, segundo os autores, que justificam essa procura em demasia devido à falta de tempo e à cobrança de impacialidade e objetividade.
Essas instituições tem ciência de sua imrpotância junto ao trabalho da imprensa, então trabalham para serem lembradas por eles com frequência, e também serem reconhecidas como referências. Para isso produzem releases, informativos, etc, em forma de notícia. Ao produzirem notícias as empresas tornam o que era institucional de interesse público, pond-se em visibilidade. Entretanto, os assessores sabem que nem tudo o que acontece dentro da empresa pode virar notícia para o público, e esta é uma das dificuldades desses profissionais, transformar algo institucional em notícia.

Por que estar na mídia?

Muito tem se falado sobre a globalização e seus efeitos nos campos, sociais, econômicos e políticos, e não há como fugir desta realidade, assim como a autora Kunsch (1997, p. 141) “todo sistema social global influencia direta ou indiretamente, a vida das organizações provocando novas posturas e novas reações”. Estas questões públicas acabam afetando até mesmo as imagens das instituições, que fazendo uma análise primeiramente as instituições não são núcleos isolados do ambiente ( econômico, social, político, cultural e tecnológico) em que atuam e, segundo com a tecnologia mais barata e acessível, a informação é mais rapidamente distribuída , gerando com isso, demandas em quantidade cada vez maior. A mídia então passa a ser o mesmo campo social tornam-se visíveis na batalha pela busca do apoio e da opinião pública.
A atitude de buscar a imprensa em determinados momentos, abrindo o acesso do público à instituição para obter apoio, é definida por Rodrigues ( 1190, p. 156)como a componente “exotérica” das funções expressivas dos campos sociais. A componente “esotérica”, ao contrário, e o momento em que as instituições fecham-se ou restringem sua visibilidade pública. Conclui-se portanto, que um dos efeitos pretendidos (talvez o mais importante) pelas instituições (quaisquer que sejam elas), com a presença na mídia, é a conquista do apoio da opinião pública e, em conseqüência,, a sobrevivência no mercado. Para ter uma idéia do esforço empreendido pelas instituições no sentido de circular no campo midiático, basta verificar o crescimento do mercado brasileiro na área de comunicação institucional nos últimos anos. Com uma linguagem bem humorada e coloquial, Neves (2000, p. 18) afirma que imagem empresarial é “o que está na cabeça das pessoas”.

Selecionando o que é notícia

Nem tudo que ocorre na instituição transforma-se em notícia. Para tanto, eles valem-se dos valores das notícias. Esses valores, usados numa primeira instância pelos assessores de imprensa e, numa segunda pelos jornalistas dos veículos, constituem a respostas à pergunta:
-quais são os acontecimentos considerados interessantes, significativos e relevantes para serem transformados em notícias? Assim, no momento em que lê, vê ou assiste a um programa sobre determinada instituição, o receptor está exercitando sua capacidade e o seu poder de se informar sobre a empresa. Da mesma forma, ao se pôr em visibilidade, essa instituição está chamando a atenção para o que deve ou pode ( com intuito de ser autorizado) ser visto ou sabido por ela.
Há nas instituições, uma concordância generalizada em torno do tipo de noticias que devem ser evitadas: as que tratam de informação sigilosa e as que causem danos à credibilidade, confiabilidade, competência da instituição.


Estratégias para o aproveitamento da notícia

Sem dúvidas no papel de “ponte” entre a instituição e os veículos, os assessores de imprensa apóiam-se no conhecimento que detêm sobre o funcionamento da mídia para encontrar oportunidades de promover a empresa, procurando equilibrar o atendimento ao interesse público e às necessidades organizacionais de divulgação. Outra estratégia amplamente utilizada pelas assessorias é a “apropriação” dos valores notícia usados pelos jornalistas, para transformar acontecimentos de rotina da instituição em notícia. Os valores-noticia são um conjunto de critérios tomados como referencia no meio jornalístico para elaboração dos noticiários, e permitem a seleção rápida e rotineira, dos fatos que serão notícia. O “novo” que é ponto alvo das assessorias e jornalistas pode significar o que é diferente num produto já conhecido ou um novo uso para um produto antigo. Os aparelhos celulares, até há bem pouco tempo usados como transmissores de voz, passaram a transmitir também mensagens de texto. Em geral, o “novo”, aparece associado ao critério de importância definido por Wolf e é traduzido plo impacto que a notícia pode causar no público em função do beneficio social, econômico, ambiental produzido. Nas noticias esse impacto é verificado pelo uso de expressões como ganho, vantagem, comparativa, efeito econômico direto ou aplicabilidade. Impossibilitadas de produzir uma novidade a cada dia, as instituições adotam a estratégia de “atualizar” velhos fatos, dando-lhes novos enfoques (atuais para os jornalistas) de modo a aumentar sua possibilidade de aproveitamento pela mídia. Pode-se portanto, concluir que estratégias e articulações fazem parte do processo de produção das noticias institucionais e desmistificam o caráter automático deste processo.
Alunos de Assessoria de Imprensa, com o assessor e a professora da disciplina Indiara Ferreira.

domingo, 7 de março de 2010

03/03/2010: Apresentação do livro Assessoria de Imprensa e Relacionamento com a Mídia: Teoria e Técnica

Nessa aula, começaram as apresentações do livro Assessoria de Imprensa e Relacionamento com a Mídia: Teoria e Técnica, de Jorge Duarte. O primeiro grupo, formado por Darci Filho, Jaqueline Barbosa e Paulo Borges, apresentaram o capítulo três, que relata a ASSESSORIA DE IMPRENSA NA EUROPA, escrito por Ana Viale Moutinho e Jorge Pedro Sousa.

Segue abaixo o texto elaborado pelos integrantes do grupo.

Assessoria de Imprensa na Europa

- As atividades de Assessoria de Imprensa desenvolvidas na Europa possuem as mesmas características das desenvolvidas no Brasil, porém, é uma área estritamente voltada aos profissionais de Relações Públicas. AI é considerada uma atividade conflitante com o jornalismo;

- Na literatura, os autores europeus são unânimes nessa questão. Abaixo alguns deles, que abordam em livros, a AI como atividade de RP. Martins Lampreia, Martín Martín, Moreira dos Santos, Jacques Deschepper, Marie-Hélène Westphalen;

- Para a Associação Portuguesa de Relações Públicas, o assessor de imprensa, em síntese, “exerce uma atividade deliberada, planificada e contínua de comunicação, onde estuda, planeja, executa e controla ações de divulgação de informação” entre as organizações e seus públicos. Assim, o AI é considerado RP devido à relação que deve gerar entre o assessorado e a imprensa;

- Legislação: Estatuto do Jornalista de Portugal Lei nº 1, de 13 de janeiro de 1999 – Ponto 1 do artigo 1º “Aqueles que, como ocupação principal, permanente e remunerada, exercem funções de pesquisa, recolha, seleção e tratamento de fotos, notícias ou opiniões, através de texto, imagem ou som, destinados a divulgação informativa pela imprensa, por agência noticiosa, pela rádio, pela televisão ou outra forma de difusão eletrônica”.

Ponto 2 do artigo 1º “não constitui atividade jornalística o exercício das funções referidas no numero anterior quando desempenhadas ao serviço de publicações de natureza predominantemente promocional, ou cujo objetivo específico consista em divulgar, publicitar ou por qualquer forma dar conhecer instituições, empresas, produtos ou serviços, segundo critérios de oportunidade comercial ou industrial”.

O ponto 1, do artigo 3º, alínea b, define que o exercício de funções de marketing, relações publicas, assessoria de imprensa e consultoria em comunicação ou imagem, bem como de orientação e execução de estratégias comerciais, é incompatível com o exercício do jornalismo.

- Em Portugal o jornalista não pode exercer, ao mesmo tempo, a AI, em razão do conflito de interesses que pode emergir desta situação. É impedido o exercício do jornalismo, concomitantemente com a assessoria de imprensa.

Case fictício: Manuel assessora a prefeitura na parte da manhã e trabalha na parte da tarde como jornalista no Correio Português, onde recebeu uma pauta para fazer uma matéria denunciando o prefeito de improbidade administrativa. Manuel foi totalmente tendencioso em sua matéria, onde, em momento algum, escreveu algo lesivo ao seu assessorado. Mas, o jornalista pode sim exercer AI, desde que suspenda temporária ou definitivamente o exercício da profissão.

Case fictício: Manuel decidiu seguir o que impõe a legislação pertinente. Ele entregou sua carteira profissional na Comissão da Carteira Profissional dos Jornalistas,e vai se dedicar somente à assessoria de imprensa da prefeitura, privando-se do exercício profissional de jornalista.

- AI no Ensino Superior: praticamente nenhuma licenciatura em Relações Públicas inclui em sua grade curricular disciplinas intituladas “Assessoria de Imprensa” ou “Gabinete de Imprensa”, as técnicas de AI são lecionadas nas disciplinas que abordam as técnicas de RP sem qualquer distinção. Já nos cursos de Ciências da Comunicação e Jornalismo nenhuma disciplina aborda as técnicas de assessoria de imprensa. Salvo algumas exceções.

- Publicações empresariais na Europa: A imprensa empresarial é um dos setores tradicionalmente consignados à assessoria de imprensa, e provavelmente tem uma origem européia. Os primeiros exemplos foram elaborados por bancos alemães (os Zeitungen) e italianos (os Avvis), no século XVI, que eram pouco mais do que folhas noticiosas manuscritas sobre as situações dos respectivos mercados.

Após a Revolução Industrial que surgem os verdadeiros jornais de empresa. Importantes para a formação e integração dos trabalhadores, divulgação de produtos e serviços, projeção externa, e disputa ideológica com a imprensa sindical e socialista.

Primeiros: 1865 a empresa inglesa Hazell, Watson & Linney Ltd. lançou a Hazell’s Magazine; poucos anos depois a seguradora francesa, La Populaire lançou o periódico Le Chant Du Coq; em 1869 em Portugal surge a primeira publicação empresarial, o Boletin da Caixa de Crédito Industrial, “objetivava auxiliar o desenvolvimento da indústria nacional, protegendo os que a ela se dedicam, e quando possível estender os benefícios do crédito igualmente às outras classes”;
- Assessoria de Imprensa na Universidade Fernando Pessoa:Não existem grandes diferenças entre assessoria de imprensa na Europa e no restante do mundo. Universidade Fernando Pessoa, Porto Portugal – e realizada pela assessoria Administrativa e Mediatica do Gabinete de Comunicação e Imagem.

As tarefas são realizadas por uma única pessoa, licenciada em Realacoes Publicas.

*elaboração de comunicados de imprensa das acoes realizadas
*atualização constante dos contatos das fontes que abordam áreas de interesse
*envio de informações sobre os cursos para publicações especializadas
*Revista de Imprensa: publicação da própria universidade - Relações publicas: Conjunto de técnicas que permitem criar e manter uma imagem favorável entre a empresa/instituição/pessoa e seu publico. (Moutinho, 2001, p.142)Essa imagem favorável depende diretamente da importância que se dá a comunicacao. Um cliente insatisfeito, transmite sua insatisfação a 15 pessoas. Por outro lado, um cliente satisfeito, transmite sua satisfação a 3 pessoas.

A ligação das Relações Publicas a imprensa na Europa, já vem desde 1977, quando ocorreu um seminário internacional, quando participou vários oradores portugueses, incluindo, portugueses.

A partir daí, institutos, empresas e veículos de comunicação organizaram diversos eventos a respeito do tema, o que mostrou que o jornalismo e a assessoria de imprensa estão correlacionados. Porém, ainda na União Européia, ainda existem muitas fronteiras entre o jornalismo e os jornalistas dos assessores de imprensa e outros profissionais das relações públicas, em função principalmente do código de ética desses dois profissionais.

Assim, os assessores tem que se esforçar para manter um fluxo regular, credível e honesto, para garantir a credibilidade pública. Enquanto os jornalistas possuem o poder de selecionar e processar as informações fornecidas.

Para que todos se beneficiem, as relações entre assessores de imprensa e jornalistas, e entre eles e os cidadãos, têm de fundar-se e honestidade, confiança e veracidade.

Continuação aula release

*Release:
- A ferramenta mais tradicional e a mais desacreditada;
- Visto nas redações como algo supérfluo;
- Poucas informações relevantes, às vezes distorcidas e incompletas.

PROCURE:
- assuntos afins ao tema principal;
- apresentar o release de forma simples;
- atenção ao peso das ilustrações;
- foco no lead;
- faça títulos chamativos (sem adjetivos);
- use linha fina;- procure ser objetivo;
- evite dados relevantes na conclusão (pois é a parte que geralmente cortam quando não cabe no espaço).


Ilustrações: Elas são exclusivas de mídias como impressa ou eletrônica, de nada serve para a tv, o rádio, cinema e etc. Sempre dê um nome à foto e sugestão de legenda. O tamanho deve girar em torno de 350Kb. Sempre dê crédito à foto. Sempre sugira título e linha fina.


FOLLOW UP: Checagem de recebimento. É o retorno, confirmação que o assessor faz, mas tem que escolher a hora, caso contrário cansa o receptor. Sempre preste bem atenção quando for aplicá-lo.

24/02/2010 - Aula sobre Release

Boa noite,
Neste post vou passar tudo que foi dado pela professora Indiara, na aula sobre release.

*Critérios de aproveitamento de um release
- Interesse público;
- Ser novidade ( tema ainda não abordado pela imprensa);
- Disponibilidade ( se existe informação suficiente, fontes disponíveis e acessíveis e material adaptado à natureza do veículo);
- Exclusividade ( oferecimento a apenas um veículo)ou jornalista);


* Características
. O release deve trazer notícias, estar bem escrito e ampliar os horizontes da redação.

- Prefira a ordem direta;
- Não use pontos de exclamação (!);
- Evite os adjetivos;
- Evite frases feitas e longas;
- Não repita palavras e idéias;
- Evidencie opiniões pessoais entre aspas;
- Apresente no lead o seu gancho ( analise o uso de linha fina e sobretítulo)