Nessa aula, começaram as apresentações do livro Assessoria de Imprensa e Relacionamento com a Mídia: Teoria e Técnica, de Jorge Duarte. O primeiro grupo, formado por Darci Filho, Jaqueline Barbosa e Paulo Borges, apresentaram o capítulo três, que relata a ASSESSORIA DE IMPRENSA NA EUROPA, escrito por Ana Viale Moutinho e Jorge Pedro Sousa.
Segue abaixo o texto elaborado pelos integrantes do grupo.
Assessoria de Imprensa na Europa
- As atividades de Assessoria de Imprensa desenvolvidas na Europa possuem as mesmas características das desenvolvidas no Brasil, porém, é uma área estritamente voltada aos profissionais de Relações Públicas. AI é considerada uma atividade conflitante com o jornalismo;
- Na literatura, os autores europeus são unânimes nessa questão. Abaixo alguns deles, que abordam em livros, a AI como atividade de RP. Martins Lampreia, Martín Martín, Moreira dos Santos, Jacques Deschepper, Marie-Hélène Westphalen;
- Para a Associação Portuguesa de Relações Públicas, o assessor de imprensa, em síntese, “exerce uma atividade deliberada, planificada e contínua de comunicação, onde estuda, planeja, executa e controla ações de divulgação de informação” entre as organizações e seus públicos. Assim, o AI é considerado RP devido à relação que deve gerar entre o assessorado e a imprensa;
- Legislação: Estatuto do Jornalista de Portugal Lei nº 1, de 13 de janeiro de 1999 – Ponto 1 do artigo 1º “Aqueles que, como ocupação principal, permanente e remunerada, exercem funções de pesquisa, recolha, seleção e tratamento de fotos, notícias ou opiniões, através de texto, imagem ou som, destinados a divulgação informativa pela imprensa, por agência noticiosa, pela rádio, pela televisão ou outra forma de difusão eletrônica”.
Ponto 2 do artigo 1º “não constitui atividade jornalística o exercício das funções referidas no numero anterior quando desempenhadas ao serviço de publicações de natureza predominantemente promocional, ou cujo objetivo específico consista em divulgar, publicitar ou por qualquer forma dar conhecer instituições, empresas, produtos ou serviços, segundo critérios de oportunidade comercial ou industrial”.
O ponto 1, do artigo 3º, alínea b, define que o exercício de funções de marketing, relações publicas, assessoria de imprensa e consultoria em comunicação ou imagem, bem como de orientação e execução de estratégias comerciais, é incompatível com o exercício do jornalismo.
- Em Portugal o jornalista não pode exercer, ao mesmo tempo, a AI, em razão do conflito de interesses que pode emergir desta situação. É impedido o exercício do jornalismo, concomitantemente com a assessoria de imprensa.
Case fictício: Manuel assessora a prefeitura na parte da manhã e trabalha na parte da tarde como jornalista no Correio Português, onde recebeu uma pauta para fazer uma matéria denunciando o prefeito de improbidade administrativa. Manuel foi totalmente tendencioso em sua matéria, onde, em momento algum, escreveu algo lesivo ao seu assessorado. Mas, o jornalista pode sim exercer AI, desde que suspenda temporária ou definitivamente o exercício da profissão.
Case fictício: Manuel decidiu seguir o que impõe a legislação pertinente. Ele entregou sua carteira profissional na Comissão da Carteira Profissional dos Jornalistas,e vai se dedicar somente à assessoria de imprensa da prefeitura, privando-se do exercício profissional de jornalista.
- AI no Ensino Superior: praticamente nenhuma licenciatura em Relações Públicas inclui em sua grade curricular disciplinas intituladas “Assessoria de Imprensa” ou “Gabinete de Imprensa”, as técnicas de AI são lecionadas nas disciplinas que abordam as técnicas de RP sem qualquer distinção. Já nos cursos de Ciências da Comunicação e Jornalismo nenhuma disciplina aborda as técnicas de assessoria de imprensa. Salvo algumas exceções.
- Publicações empresariais na Europa: A imprensa empresarial é um dos setores tradicionalmente consignados à assessoria de imprensa, e provavelmente tem uma origem européia. Os primeiros exemplos foram elaborados por bancos alemães (os Zeitungen) e italianos (os Avvis), no século XVI, que eram pouco mais do que folhas noticiosas manuscritas sobre as situações dos respectivos mercados.
Após a Revolução Industrial que surgem os verdadeiros jornais de empresa. Importantes para a formação e integração dos trabalhadores, divulgação de produtos e serviços, projeção externa, e disputa ideológica com a imprensa sindical e socialista.
Primeiros: 1865 a empresa inglesa Hazell, Watson & Linney Ltd. lançou a Hazell’s Magazine; poucos anos depois a seguradora francesa, La Populaire lançou o periódico Le Chant Du Coq; em 1869 em Portugal surge a primeira publicação empresarial, o Boletin da Caixa de Crédito Industrial, “objetivava auxiliar o desenvolvimento da indústria nacional, protegendo os que a ela se dedicam, e quando possível estender os benefícios do crédito igualmente às outras classes”;
- Assessoria de Imprensa na Universidade Fernando Pessoa:Não existem grandes diferenças entre assessoria de imprensa na Europa e no restante do mundo. Universidade Fernando Pessoa, Porto Portugal – e realizada pela assessoria Administrativa e Mediatica do Gabinete de Comunicação e Imagem.
As tarefas são realizadas por uma única pessoa, licenciada em Realacoes Publicas.
*elaboração de comunicados de imprensa das acoes realizadas
*atualização constante dos contatos das fontes que abordam áreas de interesse
*envio de informações sobre os cursos para publicações especializadas
*Revista de Imprensa: publicação da própria universidade - Relações publicas: Conjunto de técnicas que permitem criar e manter uma imagem favorável entre a empresa/instituição/pessoa e seu publico. (Moutinho, 2001, p.142)Essa imagem favorável depende diretamente da importância que se dá a comunicacao. Um cliente insatisfeito, transmite sua insatisfação a 15 pessoas. Por outro lado, um cliente satisfeito, transmite sua satisfação a 3 pessoas.
A ligação das Relações Publicas a imprensa na Europa, já vem desde 1977, quando ocorreu um seminário internacional, quando participou vários oradores portugueses, incluindo, portugueses.
A partir daí, institutos, empresas e veículos de comunicação organizaram diversos eventos a respeito do tema, o que mostrou que o jornalismo e a assessoria de imprensa estão correlacionados. Porém, ainda na União Européia, ainda existem muitas fronteiras entre o jornalismo e os jornalistas dos assessores de imprensa e outros profissionais das relações públicas, em função principalmente do código de ética desses dois profissionais.
Assim, os assessores tem que se esforçar para manter um fluxo regular, credível e honesto, para garantir a credibilidade pública. Enquanto os jornalistas possuem o poder de selecionar e processar as informações fornecidas.
Para que todos se beneficiem, as relações entre assessores de imprensa e jornalistas, e entre eles e os cidadãos, têm de fundar-se e honestidade, confiança e veracidade.
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Há 14 anos
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